terça-feira

Filho Ilustre de Ipu



BIOGRÁFIA DE JOÃO ANASTÁCIO MARTINS
(João Chiquinha)
PATRONO DA CADEIRA Nº. 15
Da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes.
(AILCA).
Atualmente ocupada pelo Acadêmico:
Francisco de Assis Martins.
João Anastácio Martins, nasceu no dia 04 de novembro de 1907, no Sitio denominado “Espinhos”, no Município de Guaraciaba do Norte.
Filho de: Anastácio Jorge Ferreira e Francisca Maria da Conceição.
Muito cedo, começou a trabalhar como comerciante ambulante, quando ainda predominava os tropeiros. As mulas carregavam no espinhaço as caronas e alforjes cheios de bugigangas que comerciava nas portas residências da Serra e do Sertão, hoje tão comum nas cidades interioranas feito diferentemente em veículos automotores. A Mota é predominantemente usada neste comercio que chamamos ambulantes.
Chegou a Ipu no ano de 1936, fixando residência na Rua da Goela visinho a casa de D. Neném Coelho onde conhecera D. Heraclides Coelho e que mais tarde se tornou sua esposa, ou mais precisamente no dia 26 de maio de 1942.
Do rebento nasceram os filhos:
Francisco de Assis Martins
Maria do Socorro Martins
Raimundo Augusto Martins
Manoel Marconi Martins
Maria de Fátima Melo Martins
Rita de Cássia Martins
Sr. João Anastácio tornou-se comerciante estabelecendo-se em um “quarto” no Mercado de Ipu com uma loja de tecidos muito usual naqueles tempos.
Os contratempos aconteceram e o Sr. João tornou-se funcionário da Prefeitura Municipal de Ipu e coadjuvante dos trabalhos históricos, especialmente de pesquisas sobre a cidade de Ipu com o Historiador Sr. Joaquim de Oliveira Lima com quem trabalhou por muito tempo.
Foi agrimensor. Função que lhe proporcionou a oportunidade de fazer a demarcação dos logradouros da cidade juntamente com os Prefeitos e o Sr. Joaquim Lima.
Foi Presidente do Circulo Operário de Ipu nos anos de 1958 a 1964. Entre as suas atividades no Circulo foi à criação de uma farmácia com medicamentos de urgência para os associados. A mesma funcionava num quarto na esquina do Beco do Progresso de propriedade da Paróquia de Ipu.
Foi Presidente da Confraria de São Vicente Paulo por mais de 20 anos, uma de suas atividades que fazia com esmero e dedicação; trabalhava em consonância com todas as confrarias da Região Norte do Estado.
Foi por mais de 20 anos Secretario da Junta de Alistamento Militar de Ipu; neste período encaminhou muitos jovens de Ipu para o Serviço Militar no Batalhão de Crateús.
Exerceu ainda as funções de coordenador dos trabalhos do Patrimônio de São Sebastião de Ipu por vários e vários anos, razão porque conhecia o território ipuense a palmo.
Fez campanha para aumentar o terreno dos fundos do Cemitério de Ipu.
Era autodidata, mas lidou até os seus últimos dias de vida com os seus livros, sempre pesquisando a história da Terra de Iracema.
Era um historiador por excelência, conhecia desde os primórdios de nossa civilização até os dias atuais.
Deixou um acervo Cultural dos mais ricos sobre a História do Ipu e do Ceará. Um legado que vem servindo grandemente a população estudantil de nossa cidade e outros pesquisadores, como professores Universitários e de Grau Médio e fundamental. Estudantes outros não deixam de recorrer os seus conhecidos trabalhos sobre a nossa história.
Recebeu o titulo de Cidadão Ipuense no dia 23 de outubro de 1998, da então Presidente da Câmara Municipal de Ipu Antonia Bezerra Lima.

(Francisco Mello).