Biografia de José Milton de Vasconcelos Dias
Milton Dias (* 1919 - Ipu - CE; + 1983 - Fortaleza - CE), após iniciar os estudos na cidade de sua infância, Massapê, vem para o Colégio Castelo Branco em regime de internato. A experiência da infância em meio à paisagem sertaneja, seus mitos e ritos, lendas e cantorias, foi fundamental para a formação de sua sensibilidade criadora, uma vez que despertaria, no futuro cronista, a inclinação para o lirismo, o poético.
No Colégio Marista Cearense, onde realizou os estudos secundários, descobriu, em definitivo, a vocação da escritura. Sendo fundador dos jornais O Ideal; e Alvorada.
Graduou-se em Letras Neolatinas na Faculdade de Filosofia; em Paris, cursou os Estudos Superiores Modernos de Língua Francesa e Literatura Francesa. O Governo francês o condecorou com a Ordem das Palmas Acadêmicas. Foi professor de Língua e Literatura Francesa no Curso de Letras da UFC. Ocupou, na Academia Cearense de Letras, a Cadeira nº 4.
Sua escritura envolve a produção de ensaios, de contos, mas a sua consagração enquanto criador se deu no gênero crônica.
Durante vinte e seis anos publica mais de mil e quinhentas crônicas semanais no jornal O Povo. Em uma média de trinta textos por volume, temos mais ou menos 250 crônicas e estórias selecionadas, em oito volumes, restando mais ou menos mil e uma noites de estórias contadas pelo narrador Milton Dias, para escapar da tristeza, da insônia e dos fantasmas que o perseguiam.
Faleceu em 1983, em Fortaleza. Em 1985, foi publicada a obra póstuma Relembranças.
Obras de Milton Dias
1960: Sete-estrelo, (crônica) - Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1966: As Cunhãs, (crônicas e estórias ) – Fortaleza: Editora Comédia Cearense
1966: A ilha do homem só, (crônicas e estórias) – Rio de Janeiro: Record
1971: Entre a boca da noite e a madrugada, (crônicas e estórias) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, Prêmio Cidade de Fortaleza (1971)
1974: Viagem no arco-íris, (crônicas, em colaboração com Cláudio Martins) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1974: Cartas sem resposta, (crônica) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1976: As Outras Cunhãs, (crônicas e estórias)
1982: A Capitoa, (crônicas)
1982: Passeio pelo Conto Frances, (ensaio) – Fortaleza: EDUFC/ ACL/ PROEDI
1976: Péguy, (Poeta da Esperança)
1985: Relembranças, Org. José Helder de Souza – Fortaleza: EDUFC
Inédito: Senhora da Sexta-Feira
Curiosidade
A idéia da crônica como subgênero literário, gênero espúrio, esta totalmente superada, já foi aceita como gênero independente pelos críticos mais recalcitrantes. Não é só fazendo versos ou contos ou romances, que se pode fazer literatura. Há muita coisa ruim com esse rotulo em todos os gêneros. O que importa é a qualidade, é a arte de bem escrever, é saber contar com estilo próprio, correção, originalidade, graça – enfim uma serie de ingredientes que compõem a receita da literatura.
No Colégio Marista Cearense, onde realizou os estudos secundários, descobriu, em definitivo, a vocação da escritura. Sendo fundador dos jornais O Ideal; e Alvorada.
Graduou-se em Letras Neolatinas na Faculdade de Filosofia; em Paris, cursou os Estudos Superiores Modernos de Língua Francesa e Literatura Francesa. O Governo francês o condecorou com a Ordem das Palmas Acadêmicas. Foi professor de Língua e Literatura Francesa no Curso de Letras da UFC. Ocupou, na Academia Cearense de Letras, a Cadeira nº 4.
Sua escritura envolve a produção de ensaios, de contos, mas a sua consagração enquanto criador se deu no gênero crônica.
Durante vinte e seis anos publica mais de mil e quinhentas crônicas semanais no jornal O Povo. Em uma média de trinta textos por volume, temos mais ou menos 250 crônicas e estórias selecionadas, em oito volumes, restando mais ou menos mil e uma noites de estórias contadas pelo narrador Milton Dias, para escapar da tristeza, da insônia e dos fantasmas que o perseguiam.
Faleceu em 1983, em Fortaleza. Em 1985, foi publicada a obra póstuma Relembranças.
Obras de Milton Dias
1960: Sete-estrelo, (crônica) - Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1966: As Cunhãs, (crônicas e estórias ) – Fortaleza: Editora Comédia Cearense
1966: A ilha do homem só, (crônicas e estórias) – Rio de Janeiro: Record
1971: Entre a boca da noite e a madrugada, (crônicas e estórias) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, Prêmio Cidade de Fortaleza (1971)
1974: Viagem no arco-íris, (crônicas, em colaboração com Cláudio Martins) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1974: Cartas sem resposta, (crônica) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1976: As Outras Cunhãs, (crônicas e estórias)
1982: A Capitoa, (crônicas)
1982: Passeio pelo Conto Frances, (ensaio) – Fortaleza: EDUFC/ ACL/ PROEDI
1976: Péguy, (Poeta da Esperança)
1985: Relembranças, Org. José Helder de Souza – Fortaleza: EDUFC
Inédito: Senhora da Sexta-Feira
Curiosidade
A idéia da crônica como subgênero literário, gênero espúrio, esta totalmente superada, já foi aceita como gênero independente pelos críticos mais recalcitrantes. Não é só fazendo versos ou contos ou romances, que se pode fazer literatura. Há muita coisa ruim com esse rotulo em todos os gêneros. O que importa é a qualidade, é a arte de bem escrever, é saber contar com estilo próprio, correção, originalidade, graça – enfim uma serie de ingredientes que compõem a receita da literatura.