sexta-feira

Dr. Milton Pereira (Filho Ilustre de Ipu)

Nascido em 25 de outubro de 1934, filho de Antônio Pereira de Farias e Francisca Pontes de Farias, formado em Medicina Veterinária pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Milton herdou o sangue de político do seu pai. Eleito por duas legislaturas como Prefeito de Ipu pelo voto popular, a primeira em 1977 a 1982 para um mandato de seis anos, onde realizou grandes obras, uma delas foi a criação do Centro Social Urbano, hoje, CVT – Centro Vocacional e Tecnológico, prédio do Serviço de Saúde Pública - SESP. Em 1989 a 1993, foi eleito novamente para um mandato de quatro anos, uma época memorável com grandes obras, uma delas a Estação de Tratamento do Açude Bonito. Milton foi um dos precursores do grande Carnaval de Ipu, que virou história como a maior festa momina da região (hoje, infelizmente não existe mais), com desfiles memoráveis dos Blocos: Custemu mais Xequemu, Bloco da Mala, Papalalau, Réus, Panques, Antes que Ela Chegue, Fora da Lei e o Vira Lata 2000. Aos 75 anos, ocupa um importante cargo no Executivo Municipal como Secretário Municipal de Obras, Transporte e Urbanismo de Ipu. Seu grande roby (hábito) é jogar conversa fora com os amigos no Bar do Flavinho bebendo a “velha pinga”. Milton Pereira é sem dúvida uma grande figura humana. ( FONTE: Blog Aconteceu Ipu – Afrânio Soares em 31 de março de 2010).
                          (fotomontagem - Afrânio Soares)

terça-feira

Delmiro Gouveia: Filho Ilustre de Ipu


Filho Ilustre de Ipu

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, mais conhecido como Delmiro Gouveia, (Ipu, Ceará, 5 de junho de 1863Pedra, Alagoas, 10 de outubro de 1917), um industrial brasileiro, foi um dos pioneiros da industrialização do país, e do aproveitamento do seu potencial hidroelétrico, tendo construído a primeira usina hidroelétrica do Brasil [1].

Primeiros anos de vida

Nasceu na Fazenda Boa Vista, no município cearense de Ipu, sendo filho natural do cearense Delmiro Porfírio de Farias e da pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia. Sua família transferiu-se em 1868 para o estado de Pernambuco, onde se estabeleceu na cidade de Goiana, mudando-se para o Recife em 1872.Com a morte de sua mãe teve que começar a trabalhar aos 15 anos de idade, em 1878, inicialmente como cobrador da Brazilian Street Railways Company no trem urbano, denominado maxambomba. Posteriormente chegou a Chefe da Estação de Caxangá, no Recife. Foi despachante em armazém de algodão.Em 1883 foi ao interior de Pernambuco, interessado no comércio de peles de cabras e de ovelhas, que passou a negociar, tendo obtido grande sucesso. Em 1886 estabeleceu-se no o ramo de couros e passou a trabalhar, por comissão, para o imigrante suéco Herman Theodor Lundgren (Casas Pernambucanas) e para outras empresas especilizadas nesse comércio, como a Levy & Cia. Trabalhava também por conta própria. Em 1896 fundou a empresa Delmiro Gouveia & Cia e passou a alijar seus concorrentes do mercado, empregando os melhores funcionários das empresas suas concorrentes.

Principais realizações

Em 1899, inspirado pela Feira Internacional de Chicago de 1893, inaugurou no Recife o Derby, um moderno centro comercial e de lazer, que pode ser considerado o primeiro shopping center do Brasil. Esse empreendimento foi um grande sucesso e motivo de orgulho para o Recife, e chegou a atrair multidões estimadas em mais de 8 mil pessoas, até que foi deliberadamente incendiado em 2 de janeiro de 1900 pela polícia de Pernambuco, por orientação do Conselheiro Rosa e Silva, que era feroz inimigo político de Delmiro, e a mando do então governador Sigismundo Gonçalves , fiel rocista.Após o incêndio, ateado por razões políticas no Derby, e também em virtude de ter-se apaixonado por, e depois raptado, uma filha natural de 16 anos do então governador de Pernambuco, seu arqui-inimigo político, Delmiro concluiu que sua vida corria perigo no Recife e transferiu-se, em 1903, para Pedra, em Alagoas, uma povoação perdida no coração do sertão, mas de localização estratégica para seu comércio, na Microrregião Alagoana do Sertão do São Francisco, fazendo fronteira com Pernambuco, Sergipe e Bahia, e hoje denominada Delmiro Gouveia em sua homenagem. Delmiro comprou uma fazenda em Pedra, às margens da Ferrovia Paulo Affonso, onde centralizou seu lucrativo comércio de peles e construiu currais, açude, sua residência, e prédios para abrigar um curtume. Planejando construir ali uma fábrica de linhas de costura - que até então eram importadas da Inglaterra, as conhecidas Linhas Corrente, que monopolizavam o mercado brasileiro - e apelando para ideais nacionalistas, nativistas e cívicos então em voga, conseguiu do governo de Alagoas concessões que incluiam o direito à posse de terras devolutas, isenção de impostos para a futura fábrica, e permisssão para captar energia da cachoeira de Paulo Afonso, além de recursos governamentais para ajudar na construção de 520 quilometros de estradas ligando Pedra a outras localidades [2] [5] . A partir de 1912 iniciou a construção da fábrica de linhas e da Vila Operária da Pedra, com mais de 200 casas de alvenaria. . Em 26 de janeiro de 1913 inaugurou a primeira hidroelétrica do Brasil com potência de 1.500 HP na queda de Angiquinho. Em 1914 iniciou as atividades da nova fábrica sob a razão social Companhia Agro Fabril Mercantil, produzindo as linhas com nome comercial "Estrela" para o Brasil, e "Barrilejo" para o resto da América Latina. Com preços muito abaixo das "Linhas Corrente", produzidas na Inglaterra pela Machine Cotton, que até então monopolizava o mercado de linhas de costura em toda a América Latina [5], logo dominou o mercado brasileiro, e amplas fatias dos mercados latinoamericanos.O sucesso da empresa - que em 1916 já produzia mais de 500.000 carretéis de linha por dia - chamou a atenção do conglomerado inglês Machine Cotton, que tentou por todos os meios comprar a fábrica [5]. Por motivos políticos e questões de terras, Delmiro Gouveia entrou em conflito com vários coronéis da região, o que provavelmente, segundo a maioria dos historiadores, ocasionou seu misterioso assassinato à bala. Outros historiadores - apoiados no conceito de Direito Romano qui prodest? - a que isto serviu? a quem isto aproveitou? - incluem a Machine Cottton no rol dos suspeitos [6]. Seus herdeiros, não resistindo às pressões da Machine Cotton, venderam a fábrica à empresa inglesa, detentora na América Latina da marca "Linhas Corrente", que mandou destruir as máquinas, demolir os prédios, e lançar os maquinários e escombros no rio São Francisco, livrando-se assim de uma incômoda concorrência.

Destaques

Construiu a primeira hidrolétrica do Brasil, uma usina com potência de 1.500 HP, na queda de Angiquinho, uma cachoeira em Paulo Afonso. "Ele exportava peles de bode para a moda de Nova Iorque um século antes de se ouvir falar por aqui no tal do mundo 'fashion'" [1], diz um artigo. Em 1899 inaugurou em Recife o primeiro shopping center do Brasil, o Derby, um centro comercial e de lazer com mercado, hotel, cassino, velódromo, parque de diversões e loteamento residencial [2]. Em 1914 fundou a Companhia Agro Fabril Mercantil, a primeira na América do Sul a fabricar linhas para costura e fios para malharia. Após seu assassinato - até hoje não bem esclarecido - o maquinário original da Companhia Agro Fabril Mercantil foi atirado em um penhasco do rio São Francisco pelo grupo escocês Machine Cotton que comprou a empresa de seus sucessores, para destruí-la, livrando-se da assim da sua concorrência no ramo [1].

Cronologia

  • 1863 – Nasce Delmiro, no Distrito de Santo Izidio, que na epoca era Ipu, mas hoje e Pires Ferreira.
  • 1868 – Transferência para Pernambuco
  • 1883 – Compra e exportação de peles
  • 1886 – Ramo de couros
  • 1896 – Casa Delmiro Gouveia e Cia
  • 1898 – Construção do mercado modelo no Dérbi (Recife)
  • 1903 – Escolhe a vida da Pedra ( 280 km de Maceió, capital de Alagoas), atual Delmiro Gouveia.
  • 1910 – Aproveitamento da cachoeira de Paulo Afonso
  • 1912 – Cia Agro Fabril Mercantil e construção da Vila Operária Padrão
  • 1913 – Energia hidrelétrica da queda de Angiquinho, Cachoeira em Paulo Afonso.
  • 1914 – Fabrica Estrela de linhas para costura
  • 1917 – Morre assassinado aos 54 anos.

Filho Ilustre de Ipu



José Cecílio do Vale

 Zezé do Vale
José Cecílio do Vale (o popular Zezé do Vale) nasceu em Ipu, no sitio Salgado em 22 de novembro de 1900.
Filho de Antonio Pedro do Vale e Maria Eugenia Pontes do Vale.
Construiu 03 Matrimônios:
1° nasceram os filhos Terezinha, Helena e Luiz Gonzaga do Vale
Do 2° não deixou descendente.
Do 3° nasceram José Antonio e Maria Cristina
 
Nasceu no dia da música, cuja padroeira é Santa Cecília. Recebeu o nome de Cecílio por ter nascido no dia de Santa Cecília.
 
Tornou-se um dos maiores músicos do Ipu e do Estado do Ceará, aos cinco anos já tocava o Acordeom. Poeta cuja musa inspiradora era a sua terra-berço o IPU.
Suas principais composições: Passado do Meu Ipu, Doloroso Renuncia Paredão, Baião de Dois, Cabrocha da Aldeota, Hino do Ferroviário, Ipu Pedacinho do Céu, Tamarineiro e outros tantos.
Na poesia destacamos “Filhos do Ipu”.
Torcedor ferrenho do Ferroviário, não perdia nenhum jogo e nem tão pouco os treinos do seu amado e querido Ferroviário.
Autor do Hino do Ferroviário.
Participou por muitos anos do Programa de Saudades da Ceará Rádio Clube PRE-9 “Coisas que o Tempo Levou”.
Logo ao nascer foi privilegiado com os acordes sonoros da música, pois nasceu no dia da Música.
Ipuense de sentimento puro, jamais esqueceu a sua terá tendo sempre como musa inspiradora para suas músicas versos.
Zezé além de músico exercia a profissão de protético, ofício que exercia com muita dedicação e carinho.
Era charadista e participava de campeonatos realizados na Praça do Ferreira.
Zezé do Vale foi, portanto um amante incondicional de sua Terra.
Depois de sua morte foi lançando um CD pelos netos Renan e Djacir do Vale com algumas de suas músicas, não digo as principais, mas as mais conhecidas. Um excelente Disco.
“Que o Dó, Ré, Mi, que tanto acalentou a sua alma de músico seja, a tua eterna alegria e a tua doce felicidade”. Faleceu no dia 29 de março de 1996.
Está sepultado no Cemitério de Ipu por vontade sua que foi cumprida rigorosamente pela família.
(Prof.  Francisco Melo)

Filha Ilustre de Ipu




Maria Valdemira Coelho Mello

No silencio de uma noite bonita a cidade dormia tranqüilamente.
As árvores com sua pujança ocultavam com o verde matizado de amarelo-ouro, sob as densas nuvens, pejadas de tonalidades vivas, prateadas pela luz diáfana da LUA, refletiam paz serenidade.
A Bica sussurrava as águas cristalinas no topo da montanha.
Eram 23 horas. A estas horas precisamente, na cidade de Ipu, Ceará, num cantinho da Rua da Goela, na residência de uma família... ouviram choro... uma criança nascera.....
Todos os familiares estavam felizes. Vieram avisar: Era uma menina.
Nome?... que mais tarde na Pia Batismal recebera: - Maria.
28 de março de 1922 foi à data de sua chegada no mundo.
Foi registrada no Cartório que tinha como Tabelião o Sr. Adalberto Aragão por Maria Valdemira Coelho Mello.
Filiação:  Raimundo Nonato Mello e
                Anna Coelho Mello.
A criança cresceu num clima de muito amor pelos seus familiares.
Aos nove anos fez a sua 1ª comunhão na Igrejinha de N. Senhora do Desterro.
Iniciou seus estudos em casa com sua Mãe. Estudou nas Escolas Reunidas, onde fez o 2°, 3° e 4º ano primário.
A sua infância foi muito feliz.
Pertenceu a Cruzada Eucarística onde formou muito bem o seu coração.
Quando jovem ingressou na Associação: Pia União das filhas de Maria, onde se conservou até a sua morte.
Vida Profissional:
Aos 17 anos de idade, começou a ensinar crianças nas Escolas Reunidas de Ipu, onde deu inicio sua vida no Magistério.
Em 1950/ (26/11), concluiu o curso de Professora Ruralista.
No dia 28 de abril de 1956 foi nomeada professora do Estado do Ceará.
Em 1971, concluiu o Curso Pedagógico na Escola Normal Pedagógica Sagrado Coração de Jesus. 
Especializou-se em Fortaleza como professora em vários cursos:
Reciclagem para Professores de Metodologia e Prática de ensino.
De disciplinas especificas para Professores do Ensino Normal.
Encontro de Professores promovido pela Inspectoria Seccional de Fortaleza.
2º encontro de Professores Oficiais do Ceará.
Adqueriu o Registro 259 como Professora habilitada por Exame de Suficiência – Divisão do Ensino Normal – Secretaria de Educação.
Certificado de Registro de Professores – MEC – Registro nº D-29 350, Geografia Geral e do Brasil, Diretoria do Ensino Secundário.
Licenciou-se pela Faculdade de Filosofia D. José de Sobral, em Ciências no dia 08 de dezembro de 1976. Registro L nº 1541.
Publicou três Livros: Ipu em Três Épocas, Saga de uma Família e um Documentário do Patronato Sousa Carvalho por ocasião do seu Jubileu de Prata.
Celebrou com muita festa e entusiasmo os 50 anos de Magistério, no Patronato Sousa Carvalho e neste Estabelecimento de ensino, ministrou aulas durante 40 anos.
Participou de dois congressos Nacionais dos Estabelecimentos Particulares de ensino, sendo um em fortaleza e outro em Recife.
Toda sua vida foi dedicada ao magistério, a Igreja até os seus últimos dias de vida.
Biografada por: Francisco Mello (Prof.)

Filho Ilustre de Ipu



BIOGRÁFIA DE JOÃO ANASTÁCIO MARTINS
(João Chiquinha)
PATRONO DA CADEIRA Nº. 15
Da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes.
(AILCA).
Atualmente ocupada pelo Acadêmico:
Francisco de Assis Martins.
João Anastácio Martins, nasceu no dia 04 de novembro de 1907, no Sitio denominado “Espinhos”, no Município de Guaraciaba do Norte.
Filho de: Anastácio Jorge Ferreira e Francisca Maria da Conceição.
Muito cedo, começou a trabalhar como comerciante ambulante, quando ainda predominava os tropeiros. As mulas carregavam no espinhaço as caronas e alforjes cheios de bugigangas que comerciava nas portas residências da Serra e do Sertão, hoje tão comum nas cidades interioranas feito diferentemente em veículos automotores. A Mota é predominantemente usada neste comercio que chamamos ambulantes.
Chegou a Ipu no ano de 1936, fixando residência na Rua da Goela visinho a casa de D. Neném Coelho onde conhecera D. Heraclides Coelho e que mais tarde se tornou sua esposa, ou mais precisamente no dia 26 de maio de 1942.
Do rebento nasceram os filhos:
Francisco de Assis Martins
Maria do Socorro Martins
Raimundo Augusto Martins
Manoel Marconi Martins
Maria de Fátima Melo Martins
Rita de Cássia Martins
Sr. João Anastácio tornou-se comerciante estabelecendo-se em um “quarto” no Mercado de Ipu com uma loja de tecidos muito usual naqueles tempos.
Os contratempos aconteceram e o Sr. João tornou-se funcionário da Prefeitura Municipal de Ipu e coadjuvante dos trabalhos históricos, especialmente de pesquisas sobre a cidade de Ipu com o Historiador Sr. Joaquim de Oliveira Lima com quem trabalhou por muito tempo.
Foi agrimensor. Função que lhe proporcionou a oportunidade de fazer a demarcação dos logradouros da cidade juntamente com os Prefeitos e o Sr. Joaquim Lima.
Foi Presidente do Circulo Operário de Ipu nos anos de 1958 a 1964. Entre as suas atividades no Circulo foi à criação de uma farmácia com medicamentos de urgência para os associados. A mesma funcionava num quarto na esquina do Beco do Progresso de propriedade da Paróquia de Ipu.
Foi Presidente da Confraria de São Vicente Paulo por mais de 20 anos, uma de suas atividades que fazia com esmero e dedicação; trabalhava em consonância com todas as confrarias da Região Norte do Estado.
Foi por mais de 20 anos Secretario da Junta de Alistamento Militar de Ipu; neste período encaminhou muitos jovens de Ipu para o Serviço Militar no Batalhão de Crateús.
Exerceu ainda as funções de coordenador dos trabalhos do Patrimônio de São Sebastião de Ipu por vários e vários anos, razão porque conhecia o território ipuense a palmo.
Fez campanha para aumentar o terreno dos fundos do Cemitério de Ipu.
Era autodidata, mas lidou até os seus últimos dias de vida com os seus livros, sempre pesquisando a história da Terra de Iracema.
Era um historiador por excelência, conhecia desde os primórdios de nossa civilização até os dias atuais.
Deixou um acervo Cultural dos mais ricos sobre a História do Ipu e do Ceará. Um legado que vem servindo grandemente a população estudantil de nossa cidade e outros pesquisadores, como professores Universitários e de Grau Médio e fundamental. Estudantes outros não deixam de recorrer os seus conhecidos trabalhos sobre a nossa história.
Recebeu o titulo de Cidadão Ipuense no dia 23 de outubro de 1998, da então Presidente da Câmara Municipal de Ipu Antonia Bezerra Lima.

(Francisco Mello).

Filho Ilustre de Ipu


Biografia

Archimedes Memória

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Archimedes Memoria (Ipu, 1893Rio de Janeiro, setembro de 1960)
foi um arquiteto brasileiro.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1911, com a intenção de estudar desenho na Escola Nacional de Belas Artes. Após o início do curso, decidiu transferir-se para o curso de arquitetura, tendo obtido diversas distinções acadêmicas.
Iniciou sua vida profissional no "Escritório Técnico Heitor de Mello", em 1918. Com o falecimento de Heitor, em 1920, a quem sucedeu, tornou o escritório o maior do Rio de Janeiro até 1935. Projetou alguns dos mais marcantes edifícios cariocas das décadas de
1920 e 1930.
Em 1920, ingressou no quadro de professores da Escola Nacional de Belas Artes. Foi professor catedrático de "Grandes Composições de Arquitetura" na FAU/UFRJ e diretor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil.
Foi responsável pelo plano urbanístico da Exposição Internacional do Centenário da Independência, no Calabouço, em 1922; pelo projeto do Palácio Pedro Ernesto - Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro; pelos projetos da Igreja de Santa Terezinha no Túnel Novo, e das sedes do Hipódromo da Gávea e do Botafogo de Futebol e Regatas; pelo projeto do Palácio das Indústrias, hoje Museu Histórico Nacional; pelo Palácio da Festas; pelo Rio Cassino, no Passeio Público; pelo altar-mór da Igreja da Candelária; por inúmeras residências. Seu projeto mais imponente foi o do Palácio Tiradentes, edifício em estilo eclético, destinado a abrigar a Câmara dos Deputados, realizado em parceria com
Francisco Couchet.
Foi vencedor do concurso nacional de projetos para construção do edifício-sede do então recém-criado Ministério de Educação e da Saúde Pública.

Filho Ilustre de Ipu


Filho Ilustre de Ipu

Gonçalo Ferreira da Silva


BIOGRAFIA
Por Maria Isaura Rodrigues Pinto
Poeta, contista e ensaísta, nasceu na cidade cearense de Ipu, no dia 20 de dezembro de 1937. Aos quatorze anos, vem para o Rio de Janeiro, onde, em 1963, publica, pela Editora da Revista Rural Fluminense, o primeiro livro: Um resto de razão, coletânea de contos regionais do Nordeste.
Tem início, em 1978, a produção de literatura de cordel, quando, ao realizar estudos sobre cultura popular, na Fundação Casa de Rui Barbosa, conhece o pesquisador Sebastião Nunes Batista e, em companhia dele, passa a freqüentar a Feira de São Cristóvão.
Por ocasião da morte do amigo, em 1982, compõe, junto com Orígenes Lessa e outros poetas, o folheto A lamentação dos poetas na morte de Sebastião Nunes Batista, editado pela Casa de Rui Barbosa.
Domínio da forma
A obra poética, caracterizada pela beleza das imagens e pelo domínio da forma, reúne aproximadamente duzentos títulos publicados pelo autor. Os folhetos Um grande exemplo de Jesus e As bravuras de Justino pelo amor de Teresinha foram reeditados pela Tupynanquim; já Emissários do inferno na terra da promissão e Lampião, o capitão do cangaço, pela Queima Bucha.
De alcance temático amplo, a obra versa sobre lendas, crenças, romances, política, biografias, fatos circunstanciais e históricos, enriquecendo-se, em especial, com a presença de temas relacionados ao cangaço, à ciência e à filosofia.
O folheto biográfico Mahatma Gandhi lhe rendeu várias congratulações da Embaixada e do Consulado da Índia, tendo sido traduzido para o alemão e para o inglês. Publicou, pela Milart, três livros sobre literatura de cordel: Vertentes e evolução da literatura de cordel (1999), O fenômeno Athayde e outros ensaios (2004) e Lampião - A força de um líder (2005).
Ainda pela mesma editora, veio a público uma coletânea de cordéis curtos, Florilégios da literatura de cordel (1999).. Além disso, tem artigos esparsos em revistas, jornais e anuários acadêmicos. Hoje, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, responsabiliza-se pela preservação do acervo da Casa de Cultura São Saruê, em Santa Teresa, mantendo o ofício de poeta.
Referências bibliográficas
DA SILVA, Hélcio Wanderley. Vida e obra do poeta Gonçalo Ferreira da Silva. Rio de Janeiro: ABLC, 1994.
LOPES, F. Silva. Um cearense chamado Gonçalo. Rio de Janeiro: Editora Milart, 2002.






José Milton Dias, Filho Ilustre de Ipu

Filho Ilustre de Ipu


Biografia de José Milton de Vasconcelos Dias

Milton Dias (* 1919 - Ipu - CE; + 1983 - Fortaleza - CE), após iniciar os estudos na cidade de sua infância, Massapê, vem para o Colégio Castelo Branco em regime de internato. A experiência da infância em meio à paisagem sertaneja, seus mitos e ritos, lendas e cantorias, foi fundamental para a formação de sua sensibilidade criadora, uma vez que despertaria, no futuro cronista, a inclinação para o lirismo, o poético.
No Colégio Marista Cearense, onde realizou os estudos secundários, descobriu, em definitivo, a vocação da escritura. Sendo fundador dos jornais O Ideal; e Alvorada.
Graduou-se em Letras Neolatinas na Faculdade de Filosofia; em Paris, cursou os Estudos Superiores Modernos de Língua Francesa e Literatura Francesa. O Governo francês o condecorou com a Ordem das Palmas Acadêmicas. Foi professor de Língua e Literatura Francesa no Curso de Letras da UFC. Ocupou, na Academia Cearense de Letras, a Cadeira nº 4.
Sua escritura envolve a produção de ensaios, de contos, mas a sua consagração enquanto criador se deu no gênero crônica.
Durante vinte e seis anos publica mais de mil e quinhentas crônicas semanais no jornal O Povo. Em uma média de trinta textos por volume, temos mais ou menos 250 crônicas e estórias selecionadas, em oito volumes, restando mais ou menos mil e uma noites de estórias contadas pelo narrador Milton Dias, para escapar da tristeza, da insônia e dos fantasmas que o perseguiam.
Faleceu em 1983, em Fortaleza. Em 1985, foi publicada a obra póstuma Relembranças.
Obras de Milton Dias

1960: Sete-estrelo, (crônica) - Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1966: As Cunhãs, (crônicas e estórias ) – Fortaleza: Editora Comédia Cearense
1966: A ilha do homem só, (crônicas e estórias) – Rio de Janeiro: Record
1971: Entre a boca da noite e a madrugada, (crônicas e estórias) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, Prêmio Cidade de Fortaleza (1971)
1974: Viagem no arco-íris, (crônicas, em colaboração com Cláudio Martins) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1974: Cartas sem resposta, (crônica) – Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará
1976: As Outras Cunhãs, (crônicas e estórias)
1982: A Capitoa, (crônicas)
1982: Passeio pelo Conto Frances, (ensaio) – Fortaleza: EDUFC/ ACL/ PROEDI
1976: Péguy, (Poeta da Esperança)
1985: Relembranças, Org. José Helder de Souza – Fortaleza: EDUFC
Inédito: Senhora da Sexta-Feira

Curiosidade
A idéia da crônica como subgênero literário, gênero espúrio, esta totalmente superada, já foi aceita como gênero independente pelos críticos mais recalcitrantes. Não é só fazendo versos ou contos ou romances, que se pode fazer literatura. Há muita coisa ruim com esse rotulo em todos os gêneros. O que importa é a qualidade, é a arte de bem escrever, é saber contar com estilo próprio, correção, originalidade, graça – enfim uma serie de ingredientes que compõem a receita da literatura.





Francisco de Assis Martins, Filho Ilustre de Ipu



DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome Completo: Francisco de Assis Martins
Filiação: João Anastácio Martins e Heraclides Melo Martins
Endereço: Rua João Anastácio Martins, 860.
CEP 62.250.000 – Ipu – CE.
Data do Nascimento: 15/05/43
Profissão: Professor.

CURSOS
Licenciado em Ciências Físicas e Biológicas e em Metodologia das Ciências Físicas e Biológicas, pela Universidade Estadual do Ceará - U.E.C.E. Fortaleza 1971, Reg. L-341.
Curso de Biologia Educacional-Universidade Estadual do Ceará U.E.C.E. Reg. L-342, em 1972.
Curso de Aperfeiçoamento-Professor Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Ceará – U.F.C. Reg. M.E.C. D-43. 939.
Professor Habilitado para o Ensino de Educação Física – Escola de Aprendiz de Marinheiro – Cades, 1966-1967. Fortaleza, Ceará.
U.E.C.E. 1982.
Capacitação “Jornal Primeira Letras” pela CREDE – 5, em Tianguá nos dias 26 e 25 de agosto de 2005.
Capacitação para Multimeios num total de 20 horas aula na CREDE - 5 em Tianguá nos dias 27e28 de outubro de 2005.

OUTROS CURSOS
Curso de Psicologia da Aprendizagem
Curso de Psicologia da Adolescência
Curso de Prática de Ensino.
Curso de Saúde Escolar-1974–Fundação de Serviços de Saúde Pública M.S.
Curso de Música Vocal e Instrumental, Conservatório de Música Alberto Nepomuceno 1963-1966. Fortaleza-CE.
Curso de Cultura Artística e História das Artes Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade Federal do Ceará U.F.C.
Curso de Promoção Humana – Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira - São Paulo SP.
Curso de Redação Prática, U.E.C.E. – julho de 1980, em Fortaleza.
Curso Básico
de Informática em Fevereiro/Março de 2.001, C.V.T. de Ipu.Duração 40 horas aula.
Curso Microsoft Word em Março/Abril de 2.001, C.V.T. de Ipu. Duração 40 horas aula.
                                               
SEMINÁRIOS
Seminário de Doenças Preventivas – FSESP de Ipu 1974.
Seminário de Antropologia – U.F.C. /1978.
Seminário de Metodologia – U.F.C. /1978.
Seminário de Inovação Curricular – C.E.C. /1986.
Seminário de Rádio Difusão do Estado do Ceará-ACERT/1999

ATIVIDADES SOCIAIS
Pertenceu ao Coral Heitor Vila Lobos, como violonista de 1966 a 1969 em Fortaleza, sob a regência do Maestro Antonio Gondim de Lima.
Pertenceu ao Coral Santa Cecília, de 1984 a 1991, como violonista na regência da Maestrina Valderez Soares de Paiva.
Presidente da União dos Estudantes Ipuenses, radicados em Fortaleza U.E.I. de:
1964 a 1966.
Sócio Fundador da Associação Recreativa Atlética Ipuense em Fortaleza. ARAI
Membro
da Primeira Comissão Organizadora do Lions Clube de Ipu, fundado em 1978.
Iniciado na Maçonaria em dezembro de 1990.
Exaltado Mestre em outubro de 1992
Ingressou nos graus filosóficos, atingindo o grau 14.
Inspetor do Ensino Municipal, de 1977 a 1982.
Membro da Policia Estudantil de Fortaleza, de 1962 a 1965.
Sócio Efetivo do Sindicato dos Correspondentes de Emissoras de Rádios e Televisão do Estado do Ceará - SINCORSE, em 06 de junho de 2.000.
Eleito para ACADEMIA DE LETRAS MUNICIPAIS DO ESTADO DO CEARÁ, (ALMECE) e empossado em 14 de setembro de 2.000.(Cadeira de nº 04).
Eleito para ACADEMIA MAÇÔNICA DE LETRAS DO ESTADO DO CEARÁ - (AMLEC), em 26 de maio de 2.000 e empossado em sessão solene do dia 18 de agosto do mesmo ano.(Cadeira de nº 31 – Patrono, João Cordeiro).
Membro da ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DO CEARÁ-ALACE, ocupante da Cadeira de nº 22 que tem como Patrono ANTONIO CARVALHO MARTINS.
Membro fundador da ACADEMIA IPUENSE DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES-AILCA, ocupante da cadeira de nº 15 - Patrono João Anastácio Martins.
Diretor Geral da Rádio Regional de Ipu, (AM) de 10 de agosto de 1996 a 03 de janeiro de 2.001.
Presidente da Associação de Filhos e Amigos de Ipu de 2002 a setembro de 2004.

OUTRAS ATIVIDADES.
Diretor Pedagógico do Colégio Ipuense, de 1977 a 1991, conforme parecer de n° 602/89 - Conselho de Educação do Ceará, C.E.C.
Fundador do Curso Cientifico do Colégio Ipuense, no ano de 1982.
Professor do Patronato Sousa Carvalho, de 1966 a 1982. Ipu – CE.
Professor do Colégio Ipuense, de 1966 a 1982.
Professor da Escola de Ensino Fundamental de Médio Auton Aragão de 1989 a 1994.
Criador e Fundador do Laboratório de Física, Química e Biologia, e do Clube de Ciências do Colégio Ipuense. (Ipu – CE.)- 1970.
Fundador do Coral Municipal de Ipu em 25 de abril de 2001. Um Coro com 30 participantes.
Fundador do Grupo de Dança da Prefeitura Municipal de Ipu, em 14 de julho de 2002.
Idealizador da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes. Membro fundador            ocupando a cadeira nº15.
Fundador e Criador da Associação de Filhos e Amigos de Ipu – AFAI. Criando a  primeira Noite do Reencontro.
Foi o seu primeiro Presidente, quando criou os Estatutos e Registrou em Cartório, Requereu o CNPJ, compôs a primeira diretoria e a primeira Noite do Reencontro.
Fundador do Jornal Cultura Estudantil do Ginásio Ipuense, nos anos de 1969 a 1972.
Escreveu para Antologia da Academia de Letras Municipais do Estado Ceará em 2001 e 2003.
Escreveu para Antologia do Patronato Sousa Carvalho, por ocasião dos 50 anos de fundação.
Escreve para o JORNAL ACADEMUS, da Academia de Letras Municipais do Estado do Ceará.
Correspondente do Jornal O POVO e TRIBUNA DO CEARÁ, de 1994 a 1998.
Diretor Geral do IPU EM JORNAL, folha mensal da sociedade ipuense de 1988 a 1992.
Um dos idealizadores e fundador do Jornal Ipu Grande, com circulação mensal na cidade de Ipu.
Fundador e Editor do JORNAL DOS TABAJARAS, de 1994 a 1998.
Fundador da Escolinha do Lions Clube de Ipu, em 1980.

Autor do Livro “O IPU EM NOITE DE SERENATA”, lançado em Ipu no dia 13 de abril de 1994.
Autor do “HISTÓRICO SOBRE IPU” lançado em sessão solene do dia 26 de agosto de 2001 na Câmara Municipal de Ipu.
Autor do Livro “MEU PÉ DE SERRA, O IPU”.
Autor do Livro “NOTURNO”. “Livro de Poesias”.
Autor do Livro “Memórias da Praça” e “Prédios Históricos de Ipu”.
Autor de: Histórias do Meu Pai - Memórias
Autor de: Obra e Vida da Profª Valdemira Coelho
Autor de: Documentário-Praças e Ruas de Ipu.
Autor de: Notáveis que não esquecemos.
Autor de: Desconhecidas, Crônicas. (Em elaboração)
Autor de: Causos do Ipu

Deu nome ao Clube Filatélico de Ipu em 12 de maio de 1994.
Compositor das Músicas dos Hinos das seguintes Escolas de Ipu:
                 -Escola de Ensino Fundamental e Médio, Delmiro Gouveia.
                 -Escola de Ensino Fundamental e Médio Auton Aragão.
                 -Escola de Ensino Médio Deputado Murilo Rocha Aguiar.
                 -Escola de Ensino Fundamental e Médio Mons. Gonçalo Lima.
                 -Escola Infantil Ternurinha. Em março de 2006
Compositor do Hino do Sesquicentenário de Ipu em 1990.
Compositor da música de Hino da Escola de Ensino Fundamental Professora       Maria Valdemira Coelho Mello
Compositor do Hino da Várzea do Jiló no seu aniversario de 44 anos de Distrito.
Compositor dos enredos das Músicas Carnavalescas das Escolas de Frevo de Ipu: Skpemu, Punks e Réus.

Rádio Amador com prefixo PT7 – AFX em 1987.

Paraninfou e deu nome a várias turmas de concludentes do Patronato Sousa Carvalho.
Patrono da Turma de Professorandas no ano do Jubileu de Prata do Patronato Sousa Carvalho, em 1976.
Foi Patrono e Paraninfou e deu nomes às turmas de Primeiro e Segundo Graus do Colégio Ipuense, de 1982 a 1991.
Promoveu a primeira “Festa do Reencontro” no Ipu, congregando filhos e amigos de Ipu, em 18 de janeiro de 2002 como Diretor de Cultura do Município.
Promoveu como1º Presidente a Associação e Filhos e Amigos de Ipu – AFAI a segunda e a terceira “Noite o Reencontro”, com a participação de mais 2000 filhos e amigos da Terra de Iracema, em 18 e janeiro e 2003 e 2004.
Diretor de Cultura de Município de Ipu no período de 02 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004.
Foi o 1º Diretor e Fundador da Casa de Cultura Professora Valderez Soares no período de 29 de março de 2003 a 31 de dezembro de 2004.


             Assessor Especial da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. (2009)

É casado com a Professora Francisca Carvalho Martins há 39 anos. Tem cinco filhos, Ana Francisca, Junior Melo, Ricardo Ney, Conceição de Maria e Ismênia Sheila e dez netos, Ítala Mara, Iana Lara, Rana Maria, Juliane, Elias Neto, Heraclides, Pedro Neto, Larissa, Martins Neto, Ysa Madalena e (Samuel em Memória). Reside em Ipu, é filho natural da Terra de Iracema da Nação Tabajara, da qual muito se orgulha.

                                       Ipu, CE. 18 de outubro de  2009.

                                          Francisco de Assis Martins
                                                        Professor