terça-feira

DIA MUNDIAL DO TEATRO

27 de Março – Dia Mundial do Teatro
         A ORIGEM DO TEATRO
        O teatro surge a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades.O homem primitivo era caçador e selvagem, sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva.Eram umas espécies de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de rito de celebração, agradecimento ou perda.Estas pequenas evoluções se deram com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela.Os ritos começaram a evoluir, surgem danças miméticas, os homens praticam a MIMESIS (mímica) e as mulheres cantam.Com o surgem da civilização egípcia os pequenos ritos se tornaram grandes rituais formalizados e baseados em mitos (histórias que narram o sagrado do mundo.Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os ritos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação ou seja em movimento. Estes rituais propagavam as tradições, apelo as entidades sobrenaturais, oferenda para obtenção de favores, para homenagem, para divertimento e sinal de honra aos nobres.Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o DITIRAMBO, um tipo de procissão informal que mais tarde ficou mais organizada era para homenagear o Deus Dioniso. Era um culto de evolução e louvação a determinado Deus.Mais tarde o ditirambo evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação se deu quando se criou o diálogo entre coreutas e corifeu. Cria-se a ação na história. Surgem assim os primeiros textos teatrais.A princípio tudo acontecia nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. Aí surgiram os primeiros teatros.E foi assim que o teatro foi evoluindo. Com o tempo surgiram novas formas de fazer teatro.
(Professora Francisca Ferreira) 
 

segunda-feira

Dona Branca é Destaque no Diário do Nordeste


Olhar terno e risada que faz jus ao local onde mora: Sítio Alegria, comunidade no município de Ipu, Serra da Ibiapaba. Assim é dona Branca, mestra na arte da cerâmica. Aos 68 anos, Maria Alves de Paiva, nome de batismo, já criou 11 filhos, alguns netos e, agora, cuida do bisneto Marcílio, de dois anos, com necessidades especiais.
Contudo, segue tomando conta da casa, da comida e de seu ofício, que aprendera ainda criança escondida do pai Antônio Alves Pereira. "Ele não queria que eu trabalhasse no barro igual à mãe dele", recorda. Branca nunca se deu por vencida. Após a roça e a escola, sempre pedia um pedacinho de barro à avó Raimunda Alves de Souza, chamada de mãe Munda. Começou a criar as primeiras panelinhas
Porém, segundo ela, a avó não gostava de barro feito por "menino" e faltava-lhe paciência para ensiná-la. Branca, então, recorreu à tia e madrinha Maria Preta: "Ela endireitava minhas panelinhas e numa semana eu aprendi a trabalhar".
Quando o pai de Branca percebeu que não adiantava impedi-la de mexer com barro, pediu que a menina passasse a fazer peças maiores. "Nesse dia, parece que subi no céu", lembra a felicidade diante da permissão paterna.
A partir daí, suas peças começaram a ser comercializadas nas feiras do Ipu e no Piauí, para onde Antônio viajava de jumento. Quando voltava, ele trazia outras mercadorias para vender na região.
Por alguns anos, trabalhou ajudando no sustento da família. Dos cinco dias de produção, somente a quarta-feira era para si. Fazia a cerâmica e saía com as peças na cabeça para vendê-las na feira. Enfrentava sol, poeira e o mato estrada afora, percorria cerca de seis quilômetros.
Devido às dificuldades da época, Branca estudou só até a 3ª série primária. Deixou a escola para se casar, aos 15 anos, com o agricultor e primo legítimo Raimundo Alves Paiva. Com ele, teve 12 filhos. Desses, seis mulheres, que vivem apenas do barro.
Desde 2005, é Mestra da Cultura, pelo qual recebe por mês um salário mínimo do Governo do Estado. "Foi muito bom, minha vida mudou. Fiquei mais conhecida". Os encontros dos mestres cearenses são uma diversão para a artesã, que quase não deixa o Sítio Alegria.
(Diário do Nordeste de 20/03/2010)


sexta-feira

São José (Dia 19 de Março)

São José
Esposo da Virgem Maria e padrasto de Jesus. Ele figura na infância de Jesus conforme a narrativa de Mateus (1-2) e Lucas (1-2) e é descrito com um homem justo. Mateus descreve os pontos de vista de José e Lucas descreve a infância de Jesus com José.
José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espírito". Ele tomou Maria e a levou para Belém e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando da ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
A última menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalém. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° seculo. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa D’Ávila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da justiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
De acordo com uma antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jesse") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios
Outra versão da vida de São José é relatada nos "Atos de São José" que é tido por muitos como sendo apócrifa, mas estudiosos como Origens, Euzébio e São Cipriano fazem referência em suas obras. Nesses "Atos" José teria se casado jovem e só foi prometido a Maria quando já era viúvo. José teria tido, no primeiro casamento, duas filhas e quatro filhos sendo o caçula chamado Tiago, que Jesus considerava como irmão e com ele teria passado sua infância e parte de sua adolescência. E Maria achou o menor Tiago na casa de seu pai e este estava triste pela perda de sua mãe e Maria o consolou e o criou. Assim Maria é as vezes chamada de mãe de Tiago. Com o passar dos anos o velho José tinha uma idade bem avançada, mas nunca deixou de trabalhar, nunca sua vista falhou e nunca ficava sem rumo, tonto, e como um rapaz ele tinha vigor e suas pernas e braços permaneceram fortes e livres de nenhuma dor. Quando aproximou-se a sua hora um anjo do Senhor veio até ele e disse a ele que estava para morrer e ele levantou-se e foi para Jerusalém orar no santuário e disse: "O Deus autor da consolação, O Senhor da compaixão, ó Senhor de toda a raça humana, Deus de meu corpo e espírito, com súplica eu Vos reverencio e Ó Senhor e meu Deus, se agora meus dias terminam e eu preciso deixar este mundo, peço a Vós que envie o arcanjo Miguel, o príncipe dos Vosso anjos, e deixe ele ficar comigo e leve minha alma deste aflito corpo sem problemas e sem terror. E José foi enterrado pelos seus amigos e parentes sem o odor dos mortos.
19 de março, dia de São José, o padroeiro do Ceará, portanto, é feriado no nosso estado. Muita coisa deixa de funcionar nesse dia, aliás, tudo que é órgão público, como bancos, correios, escolas e mais outras instituições respeitam a tradição e suspendem os trabalhos por este dia tão importante para o nordestino. Pois é um dia especial para o agricultor que acredita que se não chover, vai ser uma seca daquelas. Portanto, para o agricultor, se não chover nesse dia a seca já está quase configurada. Imagine só o que essa gente que vive simplesmente da agricultura enfrenta.