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Ipu – 170 anos de História

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Ipu – 170 anos de História

História

O Ipu é citado no romance de José de Alencar, Iracema, india nativa que se banhava na bica e ia até Fortaleza, capital do Estado do Ceará, para enxugar seus cabelos. Inicialmente o povoado nasceu dentro das terras dadas em Sesmarias pelo estado português à alguns colonos radicados em Pernambuco. Ligada às terras da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Côcos (hoje em Ipueiras) e à sede da primeira Vila (Guaraciaba do Norte), a povoação fora construída emcima de um velho cemitério indígena. A sua praça central (chamada por seus habitantes de "Praça da Igrejinha") está localizada neste "útero inicial" em que aquela sociedade veio a nascer ainda no século XVII. A região entrou em disputa entre padres Jesuítas e colonos; até que, após a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as terras e os infelizes indígenas que nela habitavam ficaram entregues aos "cuidados" dos colonos brancos. Reduzidos a escravos (ou semi-escravos), os indígenas foram incorporados àquela sociedade colonial na condição precária de "cabras" agregados às terras que um dia foram deles. Apenas em 1840/41 a Vila Nova do Ipu Grande fora transformada em sede da Vila. Em 1885 a Vila é elevada à condição de cidade; em 1894, com a instalção da Estrada de Ferro de Sobral, a cidade passou a crescer e urbanizar-se lentamente. A economia comerciária, promovida pela ferrovia, possibilitou à classe comerciária local adquirir capitais gerados do trabalho e do comércio algodoeiro. A cidade crescia e se "favelizava" no início dos anos vinte do século passado, estas elites conheceram um crescimento significativo, para depois mergulharem numa estagnação econômica acarretada pela desativação da ferrovia e do comércio a ela ligado. Nos anos 40 do século XX, a cidade mergulhará de vez nesta decadência; até culminar com o completo desmonte da ferrovia nos anos 50, 60 e 70 do século passado. Decadente, a cidade transforma-se num verdadeiro "curral-eleitoral" para a oligarquia local; momento em que a prefeitura da cidade transforma-se na maior empregadora do município.

Geografia

Sua população estimada em 2004 era de 40.816 habitantes. A cidade fica encravada no sopé da Serra da Ibiapaba e tem como principal atração turística a Bica do Ipu, uma queda d'água do Riacho Ipuçaba de 130 metros de altura, além da Bica do Ipu a cidade oferece mais pontos de visitação como: Casa de Pedra, riacho São Francisco, cachoeiras como a do Urubu e do Engenho dos Belém e os açudes S. Bento e Bonito.
HISTOLOGIA
Em suas primeiras manifestações de apoio eclesial, registra-se em 1740 e procedente da Vila Viçosa, a presença de alguns clérigos cujo desempenho consistiu na formação de redutos catequéticos, os quais constam do programa o precitado reduto. Desse trabalho missionário, cujos esforços não foram inócuos, resultou a edificação de uma capela que, por seu turno, daria lugar à Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, o que de fato ocorreu, conforme Provisão de 30 de agosto de 1757. Com o advento do Decreto Imperial n.o 200, de 26 de março de 1840, transfere-se a Freguesia, até então situada em São Gonçalo da Serra dos Cocos, para São Sebastião do Ipu, compreendendo, na jurisdição desta, as capelas de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras e de Nossa Senhora dos Prazeres de Campo Grande. Decorrido quase meio-século, novas transformações se processam, desta vez com relação à mudança de hierarquia e evolução de ordem administrativa. Essa novidade tem como instrumento de apoio a Lei n.o 2.037, de 27 de outubro de 1883, convertendo ao título de Igreja – Matriz as capelas de São Gonçalo dos Cocos e São Sebastião do Ipu.
HISTÓRICO
  • Data da criação: 26 de agosto de 1840
  • Toponímia: Queda D’água
  • Variação Toponímica: Vila Nova do Ipu Grande
  • Desmembrado de Guaraciaba do Norte
  • Padroeiro: São Sebastião
  • Dia: 20/01
Características ambientais
  • Pluviosidade: a média anual é de 1.258 mm
  • Temperatura média: 26°C a 30°C
  • Período chuvoso: janeiro a maio
  • Distância da Capital "Fortaleza": 275Km
  • Área Territorial: 630Km²
  • Latitude: 4°,19'
  • Longitude: 40°, 49'
  • Altitude: 240,27m do nível do mar
  • Clima: Semi-Árido
  • Mesorregião: Noroeste Cearence
  • Microrregião: Ipu
  • Limites: Norte: Reriutaba e Pires Ferreira, Sul: Ipueiras, Leste: Hidrolândia; Oeste: Guaraciaba do Norte.
  • Hidrografia: Rios Acaraú, Jatobá e Inhuçu e riachos do Engenho, Mulungu, S. Félix, Albina, Gamelecia, Sambaíba e Ipuçaba.
·         Gentílico:  ipuense.
·        Unidade federativa:  Ceará (Ce.)
  • ACESSO RODOVIÁRIO: CE-187 / CE – 032 / CE - 157

Componentes ambientais
  • Relevo: Planalto da Ibiapaba e Depressões sertanejas
  • Solos: areias quartzosas distróficas, Bruno não cálcico, Latossolo vermelho-amarelo e podzólico vermelho-amarelo
  • Vegetação: caatinga arbustiva aberta, floresta caducifólia espinhosa, floresta subperenifólia tropical pluvio-nebular e floresta subcaducifólia tropical pluvial.



    quinta-feira

    Festa junina



    Fogueira de São João em Mäntsälä na Finlândia.
    Fogueiras de São João são bastantes populares na Finlândia, onde parte da população passa o dia de São João ("Juhannus") no campo ao redor das cidades em festejos.
    Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João". Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da Europa - Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia -, mas são encontrados também na Irlanda, partes da Grã-Bretanha (especialmente Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.
    Tradições e costumesOrigem da fogueiraDe origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.
    Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.
    O uso de balões
    O uso de balões e fogos de artifício durante São João no Brasil está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, Portugal onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papeis sao atados no balão com desejos e pedidos escritos neles.
    Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei devido ao risco de incêndio. Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança.
    Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas. Algumas delas são:

    •Traque
    •Chilene
    •Cordão
    •cabeção-de-negro
    •Cartucho
    •Treme-Terra
    •Rojão
    •Buscapé
    •Cobrinha
    •Espadas-de-fogo

    O mastro de São João
    O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.
    Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a celebrar as festas desse mês (o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton"). O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Em Lóriga a tradição do Cambeiro é celebrada em Janeiro. Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.
    A Quadrilha
    A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina , surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
    Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)
    A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).
    Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
    O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.
    No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.
    Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:

    •"Quadrilha Caipira" (São Paulo)
    •"Saruê", corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)
    •"Baile Sifilítico" (Bahia)
    •"Mana-Chica" (Rio de Janeiro)
    •"Quadrilha" (Sergipe)
    •"Quadrilha Matuta"

    Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão (acordeom), pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.
    Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
    Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João européias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.
    Outras danças e canções
    No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião,o xote,o reizado,o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.e algumas vezes musicas antigas de autores famosos.
    Costumes popularesAs festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.
    No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de xita e chapéu de palha.
    No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.
    Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plastico e alho porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.
    Simpatias, sortes e adivinhas para Santo AntônioO relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:
    Confessei-me a Santo Antônio,
    confessei que estava amando.
    Ele deu-me por penitência
    que fosse continuando.
    Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:
    Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo. E elas pedem:
    Meu Santo Antônio Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.
    No dia 13, é comum ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.
    Em Lisboa, é tradicional a cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a casar-se 200-300 casais ao mesmo tempo.
    - Festas juninas por país -
    Portugal
    Em Portugal, estas festividades, genericamente conhecidas pelo nome de Festas dos santos populares, correspondem a diferentes feriados municipais: São Gonçalo em Amarante; Santo António em Aljustrel, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere, Lisboa, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Real e Vila Verde; São João em Aguiar da Beira, Alcochete, Almada, Almodôvar, Alcácer do Sal, Angra do Heroísmo, Armamar, Arronches, Braga, Calheta, Castelo de Paiva, Castro Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Guimarães, Horta, Lajes das Flores, Lourinhã, Lousã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Porto, Porto Santo, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, Sertã, Tabuaço, Tavira,Terras de Bouro, Torres Vedras, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Gaia, Vila do Porto e Vizela; São Pedro em Alfândega da Fé, Bombarral, Castro Daire, Castro Verde, Celorico de Basto, Évora, Felgueiras, Lajes do Pico, Macedo de Cavaleiros, Montijo, Penedono, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, São Pedro do Sul, Seixal e Sintra.
    Na cidade do Porto e Braga em Portugal, o São João é festejado com uma intensidade inegualável, sendo que a festa é, à semelhança do que acontece no Nordeste do Brasil, entregue às pessoas que passam o dia e a noite nas ruas das cidades que são autênticos arraiais urbanos.
    Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos (França, Irlanda, os países nórdicos e do Leste europeu). As fogueiras de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina e na tradição portuguesa) são costumes ainda hoje praticados em festas de São João européias.
    Brasil
    As festas Juninas, são na sua essência multicurais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Santo Antônio, São João e São Pedro principalmente. A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e emigrantes dos país irmão. As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitissimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Asia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo. Embora os balões tenham sido proíbidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.
    No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais se oriundam as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.
    A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.
    O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.
    Locais
    Estes arraiais são muito comuns em Portugal e não são exclusivos do São João, são parte da tradição popular em geral. Nessas festas podemos encontrar imensas semelhanças tanto no Brasil como em Portugal, mas não só. Na África e na Asia, Macau, India, Malásia, na Comunidade Cristang, os portugueses deixaram essa tradição Junina bem marcada.
    Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Caruaru em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Amargosa, Cruz das Almas, Piritiba e Senhor do Bonfim na Bahia, na Mossoró no Rio Grande do Norte; Maceió em Alagoas; Recife em Pernambuco; Aracaju em Sergipe; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Além disso, também existem nas pequenas cidades, festas mais tradicionais como Cruz das Almas, Ibicuí, Jequié e Euclides da Cunha na Bahia. As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre. Além disso, Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte disputam o terceiro lugar de maior são joão do mundo.
    França
    A "Fête de Saint-Jean" (Festa de São João), assim como no Brasil, é comemorada no dia 24 de junho e tem como maior característica a fogueira. Em certos municípios franceses, uma alta fogueira é erigida pelos habitantes em honra a São João Batista. Trata-se de uma festa católica, embora ainda sejam mantidas tradições pagãs que originaram a festa. Na região de Vosges, a fogueira é chamada "chavande".
    Polônia
    As tradições juninas da Polônia estão associadas principalmente com as regiões da Pomerânia e da Casúbia, e a festa é comemorada dia 23 de junho, chamada localmente 'Noc Świętojańska" (Noite de São João). A festa dura todo o dia, começando às 8h da manhã e varando a madrugada. De maneira análoga à festa brasileira, uma das características mais marcantes é o uso de fantasias, no entanto não de trajes camponeses como no Brasil, mas de vestimentas de piratas. Fogueiras são acesas para marcar a celebração. Em algumas das grandes cidades polonesas como Varsóvia e Cracóvia esta festa faz parte do calendário oficial da cidade.
    Ucrânia
    A festa de Ivana Kupala (João Batista) é conhecida como a mais importante de todas as festas ucranianas de origem pagã, e vai desde 23 de junho até 6 de julho. É um rito de celebração pelo verão, que foi absorvido pela Igreja Ortodoxa. Muitos dos rituais das festas juninas ucranianas estão relacionados com o fogo, a água, fertilidade e auto-purificação. As moças, por exemplo, colocam guirlandas de flores na água dos rios para dar sorte. É bastante comum também pular as chamas das fogueiras. As festas juninas eslavas inspiraram o compositor Modest Mussorgsky para sua famosa obra "Noite no Monte Calvo"...
    Suécia
    As festas juninas da Suécia (Midsommarafton) são as mais famosas do mundo. É considerada a festa nacional sueca por excelência, comemorada ainda mais que o Natal. Ocorre entre os dias 20 e 26 de junho, sendo a sexta-feira o dia mais tradicional. Uma das características mais tradicionais são as danças em círculo ao redor do majstången, um mastro colocado no centro da aldeia. Quando o mastro é erigido, são atiradas flores e folhas. Tanto o majstången sueco (mastro de maio) como o mastro de São João brasileiro têm as suas origens no "mastro de maio" dos povos germânicos.
    Durante a festa, são cantados vários cânticos tradicionais da época e as pessoas se vestem de maneira rural, tal como no Brasil. Por acontecer no início do verão, são comuns as mesas cheias de alimentos tipicos da época, como o morangos e as batatas. Também são tradicionais as simpatias, sendo a mais famosa a das moças que constroem buquês de sete ou nove flores de espécies diferentes e colocam sob o travesseiro, na esperança de sonhar com o futuro marido. No passado, acreditava-se que as ervas colhidas durante esta festa seriam altamente poderosas, e a água das fontes dariam boa saúde. Também nesta época, decoram-se as casas com arranjos de folhas e flores, segundo a superstição, para trazer boa sorte.
    Durante este feriado, as grandes cidades suecas, como Estocolmo e Gotemburgo tornam-se desertas, pois as pessoas viajam para suas casas de veraneio para comemorar a festa.

    quarta-feira

    NOVO CD DE CHORINHO


    Ivanir Neves está lançando o seu primeiro CD (Instrumental), com a participação dos outros integrantes do Grupo Choro Feliz- O nome do CD é: 'Sons do Ipu'.  Pelo nível dos componentes, já dá para se ter uma idéia de como está este CD. Ivanir Neves está se dedicando exclusivamente à prática do bandolim, instrumento de execução difícil, de origem portuguesa e que tem uma sonoridade belíssima que se torna realmente uma coisa divina nas mãos de quem sabe executá-lo. Valeu Ivanir e  parabéns ao Grupo Choro Feliz. Enfim, parabéns ao Ipu, que tem exelentes músicos e um grupo de choro de destaque no interior do estado e que em breve estará se lançando para o Brasil.

    terça-feira

    CHORO FELIZ ABRE O FESTIVAL DE VIÇOSA DO CEARÁ

    O grupo de choro da cidade de Ipu teve a honra de abrir as apresentações do Festival Mel, Chorinho e Cachaça na cidade de Viçosa do Ceará. O Show dos músicos ipuenses aconteceu na noite de quinta-feira dia 29 de Abril de 2010. Foi uma apresentação brilhante onde cada música que o Choro Feliz tocava, a platéia aplaudia de pé os nossos músicos ipuenses. Valeu Choro Feliz !!!
    Bandolim = Ivani Neves                          
    Cavaquinho = Alan Cipião                      
    Violão de 7 Cordas = Aron Lude            
    Violão de 6 Cordas = Agenor                 
    Flauta Transversal = Herbert Nobre      
    Clarinete e Sax Soprano = Jorge Nobre
    Acordeon = Ivanildo Neves                    
    Pandeiro = Mendonça                            
    Tamborim = Marcílio Lima                     
    Surdo = Reginaldo (Bacural)                   

    segunda-feira

    19 DE ABRIL, DIA DO ÍNDIO

    19 de Abril Dia do Índio
    Por onde anda a triboTabajara?

    Os tabajaras são um povo indígena brasileiro que habita o estado do Ceará, nos municípios de:
    •Crateús (aldeias: Nazário, Vila Vitória, Maratoã, Altamira),
    •Poranga (aldeias: Jardim das Oliveiras, Jericó, Cajueiro e Calumbi),
    •Quiterianópolis (aldeias: Fidélis, Croatá, Vila Nova e Alegre),
    •Monsenhor Tabosa (Olho d'água dos Canutos) e
    •Tamboril (Grota Verde).

    O etnônimo tabajaraO etnônimo tabajara é uma das muitas armadilhas que a historiografia colonial deixou como herança para a etnologia brasileira. Registrado em diversos lugares e períodos diferentes, a correlação entre o nome e um grupo específico é muito tênue e pode nos trazer mais problemas do que soluções. Desse modo, preferimos operar seguindo a idéia de que este termo seja muito mais uma adscrição classificatória, utilizada em contextos delimitados, do que um grupo substantivamente definido. Inclusive, esta parece ser a direção corrente na literatura antropológica atual.Segundo Fausto, (1992, p.384, 385 e 391) o termo Tobajara, era uma categoria classificatória dos povos tupi que servia para denominar aqueles grupos com os quais podiam estabelecer relações de reciprocidade ou de guerra alternadamente, advindo daí a sua dupla tradução como cunhado e inimigo.Tentamos, neste ponto, desnaturalizar as idéias a respeito de uma suposta unidade e diferenciação indígena em grupos bem delimitados e segmentados, que estaria representada em seus etnônimos. Pois, “Longe de ser uma profunda expressão da unidade de um grupo, um etnônimo resulta (geralmente) de um acidente histórico, que freqüentemente é conceitualizado como um ato falho, associado a um jogo de palavras e com efeito de chiste” (Oliveira, 1999, p.172. Parênteses nossos). Ainda mais nos casos dos encontros e desencontros coloniais, nos quais os jogos de interesses e as guerras provocavam constantes mudanças sociais, com grupos se fragmentando, se reunindo e mudando de lado . Por isso, nesta análise histórica optamos por tratar do etnônimo tabajara e não da etnia Tabajara, evitando reificar eventos e menções que talvez tenham existido apenas no momento da escrita colonial e que não correspondiam às divisões correntes entre os indígenas.De acordo com Silva (2003) os termos Potiguara, Tabajaras e Caetés, que aparecem nas crônicas coloniais de Pernambuco têm mais a ver com posições assumidas pelos grupos indígenas na relação com os colonos portugueses do que com divisões estanques entre os grupos, podendo estes mudar de nome de acordo com as mudanças nas alianças políticas
    Com um histórico de alianças com os portugueses, os Tabajara são “leais”, “valentes”, “fortes”, com ações de tanto valor, destreza, ousadia e esforço. A conversão para a fé católica também é apresentada como um ingrediente a mais no diferencial em relação aos outros grupos, e por fim, a referência aos “capitães heróis”, desde o tempo de Duarte Coelho, completa a construção da figura mítica para o grupo.(2003, p. 35).Esta variedade de denominações é comum na literatura histórica e antropológica, onde a depender das fontes, os grupos aparecem grafados de diversas maneiras e até com dois ou três nomes diferentes. Assim, muitos autores utilizarão o termo Tupinambá para designar o conjunto de povos de língua tupi (esta também chamada de tupinambá antigo, cf. Rodrigues, 1986) que vivia no litoral entre Cananéia/SP e o Ceará, tendo daí migrado para a Serra da Ibiapaba, o Maranhão, o Pará e a ilha Tupinambarana, no rio Amazonas.Ao descrever as migrações dos Tupinambá, Caeté e Potiguar do litoral de Pernambuco e da Bahia para o Maranhão, Fernandes (1989), argumenta que ao fugirem dos portugueses que ocupavam estas regiões, estes grupos se aliaram e no trajeto percorrido a partir de 1570-72, ocuparam diversas áreas do interior e litoral
    “A composição dessas migrações é perceptível na distribuição dos emigrantes nas terras do Maranhão e do Pará, conquistadas aos Tapuias, seus antigos senhores. Os Tupinambá abandonaram a zona do Ibiapaba, e localizaram-se na Ilha do Maranhão. Os Potiguar continuaram a viver ali. Em virtude do rompimento dos laços de solidariedade, os dois grupos tribais tornaram-se inimigos designando-se reciprocamente como Tabajara.” (1989, p. 43, grifos nossos)
    Em virtude disso, os grupos que se fixaram na serra da Ibiapaba ficaram conhecidos nos registros históricos como Tabajara. Nesta região, viviam ainda inúmeros grupos tapuias, tais como Tacarijú, Quitaiaiú, Ocongá, Caratiú, Reriiú (Areriú), Acriú, Anacé, Aconguassu (Acoanssu), que eram de certa foram subordinados aos Tabajara. Ainda no século XVII, após as invasões holandesas, centenas de índios Potiguara da Paraíba e Pernambuco, convertidos ao calvinismo, buscaram refúgio na Ibiapaba, até então, uma área livre do controle português.No século XVIII quando os padres jesuítas conseguem finalmente instalar uma missão na serra da Ibiapaba esta vai ser composta por uma variedade de etnias indígenas, muitas vezes citadas na documentação como Tabajara (Cf. Barros, 2001). Essa população aldeada vai sendo incorporada ao projeto colonial paulatinamente, destacando-se a sua utilização como mão-de-obra agrícola e fornecimento de tropas para combater índios rebeldes e invasões estrangeiras. A associação entre o etnônimo Tabajara e as populações nativas da serra da Ibiapaba vai se costurando nesse processo, de modo que, nos séculos seguintes serão tratados em muitos textos quase como sinônimos. Com a elevação das aldeias missionárias à categoria de vilas de índios a partir de 1759, registra-se na capitania do Ceará uma grande dispersão dos índios aldeados, em virtude das novas condições de trabalho, ditadas pelos diretores civis que substituíam os padres (Porto Alegre, 1992, p. 203-208). Na Ibiapaba, as aldeias missionárias constituirão as vilas de Viçosa, São Benedito e Ibiapina, que serão registradas como lugares habitados por índios até o século seguinte (Porto Alegre, 1992; 2004).A dispersão da população aldeada tenderá a se acentuar ao longo do século XIX, com os inúmeros conflitos sociais do primeiro império, quando registra-se a deserção de 60 casais da Vila Viçosa para participar da Balaiada no Maranhão. Durante o segundo império, as aplicações da lei de terras e a extinção dos antigos aldeamentos irão provocar a invisibilização completa da população indígena na província do Ceará. É neste momento que são referidas as últimas notícias com relação ao etnônimo Tabajara e/ou aos índios da serra da Ibiapaba, precisamente em notícias de viajantes e expedições científicas (cf. Porto Alegre, 2003).São esses processos que irão acelerar a dispersão da população indígena em pequenos grupos familiares em busca de alternativas de sobrevivência em terras devolutas ou sob a proteção de algum proprietário. Essa busca se dará especialmente nas zonas fronteiriças e ainda não ocupadas, como a região sul da Ibiapaba (Crateús), trocada no final do século XIX, pelo Piauí em favor de uma saída para mar, representada pelo porto de Parnaíba, até então pertencente ao Ceará.Os Tabajara possuem uma história de sucessivas migrações, devido a constantes conflitos de terras. Os Tabajara que vivem em Crateús são provenientes das serras vizinhas, principalmente a serra da Ibiapaba, e tiveram que migrar para a periferia da cidade, foragidos da opressão exercida pelos fazendeiros que invadiram suas terras. Dividem-se em sete comunidades. Recentemente, um grupo de 15 (quinze) famílias dos Lira, migrou para a cidade de Quiterianópolis, onde encontraram melhores condições para viver, de acordo com seus costumes indígenas. Ficaram conhecidos como os Tabajara de Fidélis. Nesta mesma cidade encontram-se mais 3 (três) comunidades Tabajara: Vila Nova, Croatá e Vila Alegre, todas na área rural.
    Mapa indicando a presença indígena contemporânea no Ceará. Fontes: FUNAI e FUNASA.
    Em fevereiro de 2004, os Tabajara de Crateús conseguiram, através de sua luta, retomar cerca de 6.000 hectares de sua terras que ficam na serra da Ibiapaba. O local é chamado de Nazário e lá estão residindo cerca de 10 famílias, entre Tabajara e Kalabaça, enquanto aguardam a delimitação e demarcação da terra.
    Em Monsenhor Tabosa se encontra a comunidade Tabajara de Olho d`água de Canutos, há 4 km desta cidade. São 13 famílias residindo na região. Em 1973 a família Canuto, liderada por Seu José Canuto, comprou 74 hectares de terras onde antes viviam como moradores. Organizam-se através da Associação Unidos Venceremos do Povo Tabajara de Olho D´água de Canutos, que se reúne no salão comunitário da Escola Indígena da comunidade. Em Tamboril existe a comunidade Tabajara em Grota Verde , à 35 quilômetros da cidade. São 25 famílias que se organizam através de uma associação sob a liderança de Agno Tabajara. Atualmente, sofrem constantes ameaças por parte de fazendeiros, fato que tem limitado suas ações políticas.Os tabajaras de Poranga residem na Aldeia Imburana, que fica próxima à cidade e também na Aldeia Cajueiro, distante 38 quilômetros de Imburana. Esta aldeia, de 4.400 hectares , foi fruto de uma retomada, sendo hoje habitada por 9 famílias, entre Tabajara e Kalabaça e igualmente aguardam a regularização da terra indígena.Entre suas instituições, existem o Conselho Indígena dos Povos Tabajara e Kalabaça de Poranga - CIPO, importante instrumento de organização e luta; a Associação de Mulheres Indígenas Tabajara e Kalabaça (AMITK) e a Escola Diferenciada Indígena de Poranga.
    População e localização atualDe acordo com o Distrito Sanitátio Especial Indígena do Ceará (órgão da Fundação Nacional de Saúde), os Tabajara no Ceará compõem uma população de 2982 pessoas, assim distribuídas:
    Crateús - 889 pessoas
    Poranga - 1175 pessoas
    Monsenhor Tabosa - 443 pessoas
    Tamboril - 113 pessoas
    Quiterianópolis - 362 pessoas
    Etnia indígenas mais populosas no Leste-Nordeste.
    Fontes:
    DANTAS, Beatriz Gois et. Alli. “Os Povos Indígenas no Nordeste Brasileiro: Um Esboço Histórico.” In, CUNHA, Manuela Carneiro da. (org.) História dos índios no Brasil, 2ª ed., São Paulo: Cia. Das Letras/ Secretaria Municipal de Cultura/FAPESP, 1998, pp. 431- 456.
    OLIVEIRA, João Pacheco de (org.) "Uma etnologia dos 'índios misturados': situação colonial, territorialização e fluxos culturais." In, OLIVEIRA, João Pacheco de (org.). A viagem da volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contracapa. 1999. pp. 11-41.
    PORTO ALEGRE, Maria Sylvia; MARIZ, Marlene da Silva; DANTAS, Beatriz Gois (Orgs.). Documentos para a história indígena no nordeste : Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe. São Paulo : USP-NHII/FAPESP, 1994. 269 p.
    PORTO ALEGRE, Maria Sylvia. Aldeias indígenas e povoamento no Nordeste no final do século XVIII : aspectos demográficos da "cultura do contato". (Trabalho apresentado no GT "História Indígena e do Indigenismo", no XVI Encontro Anual da ANPOCS, Caxambú-MG, 1992).
    ______.Comissão das borboletas. Fortaleza: Museu do Ceará/SEC. 2003.
    SILVA, Robson Cândido da. Relatório de levantamento preliminar das terras a verificar no estado do Ceará. FUNAI: Brasília. Digitado. Setembro de 2004.

    Desenvolvimento pela cultura

    Estatísticas mundiais mostram que durante a última década as indústrias culturais – termo criado por Adorno e Hokheimer, expoentes da Escola de Frankfurt, que designa toda a produção cultural destinada ao consumo – ganharam espaço nas agendas políticas, por conta de sua evolução contínua como fonte de geração de renda e de empregos. Em diversos países, a Economia da Cultura chega a ser responsável por boa parcela do PIB, mostrando que a união entre desenvolvimento e cultura, para além de possível, é rentável. E o que até então parecia ser uma realidade restrita a países ricos, começa a despertar o interesse de regiões em processo de desenvolvimento, porém possuidoras de um vasto patrimônio cultural. No Brasil, o tema ainda não ganhou o devido peso, iniciando o processo de migração dos bancos acadêmicos para o dia-a-dia. No entanto, ainda existe muita confusão em torno do conceito.
    Por isso, antes de entrar na questão será preciso considerar o conceito de Economia da Cultura. O termo abarca o setor econômico e simbólico da cultura, como a arte, o folclore, o artesanato, a indústria cultural, o patrimônio material e imaterial, e envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais. Outro cuidado a ser tomado diz respeito à diferenciação entre Economia da Cultura e Economia Criativa, sendo esta última mais abrangente, o que inclui também o esporte, o turismo, a propaganda, a moda e a arquitetura, entre outros. Para uma ideia mais concreta, em 2006, o IBGE publicou, em parceria com o Ministério da Cultura, uma pesquisa com indicadores culturais que revelava que a Economia Criativa já respondia por 7% do PIB mundial, tendo os produtos culturais como principais itens da pauta de exportações dos Estados Unidos e representando 8% do PIB da Inglaterra à época.
    Porém, como afirma a administradora pública, economista e autora do livro Economia da cultura e desenvolvimento sustentável – O caleidoscópio da cultura, Ana Carla Fonseca Reis, é delicado tomar esses indicadores como base, pois, como eles fazem parte de uma média, não refletem um setor em especial, mas a junção de vários deles. “Se formos partir para uma análise mais profunda, deveremos levar em consideração, por exemplo, processos inerentes à era digital, como a capacitação de softwares, o processamento de dados, as telecomunicações e a internet, que também compõem os quadros da Economia Criativa. É prematuro concluir que a cultura como entendemos cresce mais que os outros setores da economia”, explica.
    Reis afirma que, atualmente, a globalização se tornou um paradoxo. Ao passo que o mundo fica com fronteiras cada vez mais tênues, as pessoas temem a diluição de suas identidades e buscam raízes num processo em que o local reforça o global. “O mundo está deixando de ser linear. Há um processo de aceleração da padronização de produtos e serviços. No ramo do turismo, por exemplo, o fluxo de turistas de negócios e de lazer tem crescido e estima-se que, em 2025, 1,6 bilhão de pessoas estarão viajando, transmitindo sua cultura e tendo acesso a outras. Mas essas pessoas não buscam algo padronizado; desejam o diferente, o singular, o local, e não o global”, diz. Para embasar sua fala, a administradora pública cita um conceito do economista indiano Amartya Sen, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 1998, que diz que “o desenvolvimento requer a expansão de liberdades de escolha, ou seja, não basta ter um resultado final, a pessoa deve ser capaz de pensar no processo consciente de decisão, como o voto e até o consumo consciente”. E completa: “o problema é que há gente interessada em trabalhar com cultura, mas muitos o fazem de maneira pontual ou militante, já que a atividade não é devidamente remunerada, além de não haver um processo eficiente de distribuição do material produzido. As tecnologias digitais mudam essa questão, possibilitando um fluxo maior de distribuição e difusão”. Reis afirma que o investimento em tecnologias e produtos locais é um importante fator de diferenciação. “Para o desenvolvimento local é preciso preservar e fomentar os fazeres e saberes regionais que correm o risco de extinção, uma vez que para sobreviver muitas pessoas migram para outras cidades, perdendo o contato com sua cultura de origem”.
    No âmbito global, Reis explica que ainda falta um índice que mostre o repasse de oportunidades. “O mundo cresce, mas o desenvolvimento não ocorre. Há discussões que apontam o investimento em criatividade como a solução para o desenvolvimento. E há países que trabalham visando esse objetivo, apostando em educação e capacitação. Pode-se dizer que adotar uma estratégia relacionada à cultura e à criatividade seria uma forma profícua de conquistar desenvolvimento, uma vez que esses dois elementos existem no mundo inteiro”.
    É nesse cenário que estão inseridos o poder público e a iniciativa privada voltados para a Economia da Cultura. “O poder público deve fazer política cultural de conteúdo objetivo e claro, de forma transversal, mesclando ações de turismo, educação e desenvolvimento. Mas isso vem regredindo no Brasil pois as alianças de extremas esquerda e direita não se falam, o que dificulta o trabalho em conjunto. Devemos tomar como exemplo os trabalhos feitos em Bogotá, Bilbao, Medellín, Londres, que hoje têm continuidade e visibilidade no mundo. Nesse sentido, a pergunta a fazer é: como adotar um modelo de investimento a longo prazo no Brasil se não há continuidade? Temos um histórico de falta de investimentos em questões estruturais como a educação, sendo que quando há alguma ação, esta valoriza a quantidade em detrimento da qualidade. Com relação ao setor privado, acredito que já é hora de começar a ver a cultura como investimento e não como gasto”, diz Reis.
    Para o pesquisador da Unicamp e autor do livro Arte, Privilégio e Distinção, José Carlos Durand, a educação cumpre um papel fundamental para uma orientação direcionada à cultura: “Por mais que se critique a qualidade da educação no Brasil, a inclusão escolar que estamos vivenciando a passos largos é muito auspiciosa como pré-requisito para o incremento da vida cultural a médio e longo prazos”, afirma. Nesse sentido, o avanço tecnológico da mídia digital é apontado por ele como um fator de barateamento da cultura para o consumidor final, o que colaboraria para o desenvolvimento da Economia da Cultura do País. “É um barateamento também para o artista iniciante, que pode preparar uma matriz – um disco, um livro – sem sair de casa. Com isso, produz os exemplares necessários para tentar se lançar”, conclui.
    A economista Ana Carla Fonseca Reis acredita que um investimento contínuo em cultura, do ponto de vista simbólico e identitário, “levaria os seus diversos agentes a tratar a questão de forma séria, o que se desdobraria em estatísticas periódicas e políticas integradas. Acho que o Brasil tem tudo para desenvolver uma forte Economia da Cultura”, finaliza.
    Laís Nitta e Priscila Fernandes/ Blog Acesso

    terça-feira

    DIA MUNDIAL DO TEATRO

    27 de Março – Dia Mundial do Teatro
             A ORIGEM DO TEATRO
            O teatro surge a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades.O homem primitivo era caçador e selvagem, sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva.Eram umas espécies de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de rito de celebração, agradecimento ou perda.Estas pequenas evoluções se deram com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela.Os ritos começaram a evoluir, surgem danças miméticas, os homens praticam a MIMESIS (mímica) e as mulheres cantam.Com o surgem da civilização egípcia os pequenos ritos se tornaram grandes rituais formalizados e baseados em mitos (histórias que narram o sagrado do mundo.Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os ritos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação ou seja em movimento. Estes rituais propagavam as tradições, apelo as entidades sobrenaturais, oferenda para obtenção de favores, para homenagem, para divertimento e sinal de honra aos nobres.Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o DITIRAMBO, um tipo de procissão informal que mais tarde ficou mais organizada era para homenagear o Deus Dioniso. Era um culto de evolução e louvação a determinado Deus.Mais tarde o ditirambo evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação se deu quando se criou o diálogo entre coreutas e corifeu. Cria-se a ação na história. Surgem assim os primeiros textos teatrais.A princípio tudo acontecia nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. Aí surgiram os primeiros teatros.E foi assim que o teatro foi evoluindo. Com o tempo surgiram novas formas de fazer teatro.
    (Professora Francisca Ferreira) 
     

    segunda-feira

    Dona Branca é Destaque no Diário do Nordeste


    Olhar terno e risada que faz jus ao local onde mora: Sítio Alegria, comunidade no município de Ipu, Serra da Ibiapaba. Assim é dona Branca, mestra na arte da cerâmica. Aos 68 anos, Maria Alves de Paiva, nome de batismo, já criou 11 filhos, alguns netos e, agora, cuida do bisneto Marcílio, de dois anos, com necessidades especiais.
    Contudo, segue tomando conta da casa, da comida e de seu ofício, que aprendera ainda criança escondida do pai Antônio Alves Pereira. "Ele não queria que eu trabalhasse no barro igual à mãe dele", recorda. Branca nunca se deu por vencida. Após a roça e a escola, sempre pedia um pedacinho de barro à avó Raimunda Alves de Souza, chamada de mãe Munda. Começou a criar as primeiras panelinhas
    Porém, segundo ela, a avó não gostava de barro feito por "menino" e faltava-lhe paciência para ensiná-la. Branca, então, recorreu à tia e madrinha Maria Preta: "Ela endireitava minhas panelinhas e numa semana eu aprendi a trabalhar".
    Quando o pai de Branca percebeu que não adiantava impedi-la de mexer com barro, pediu que a menina passasse a fazer peças maiores. "Nesse dia, parece que subi no céu", lembra a felicidade diante da permissão paterna.
    A partir daí, suas peças começaram a ser comercializadas nas feiras do Ipu e no Piauí, para onde Antônio viajava de jumento. Quando voltava, ele trazia outras mercadorias para vender na região.
    Por alguns anos, trabalhou ajudando no sustento da família. Dos cinco dias de produção, somente a quarta-feira era para si. Fazia a cerâmica e saía com as peças na cabeça para vendê-las na feira. Enfrentava sol, poeira e o mato estrada afora, percorria cerca de seis quilômetros.
    Devido às dificuldades da época, Branca estudou só até a 3ª série primária. Deixou a escola para se casar, aos 15 anos, com o agricultor e primo legítimo Raimundo Alves Paiva. Com ele, teve 12 filhos. Desses, seis mulheres, que vivem apenas do barro.
    Desde 2005, é Mestra da Cultura, pelo qual recebe por mês um salário mínimo do Governo do Estado. "Foi muito bom, minha vida mudou. Fiquei mais conhecida". Os encontros dos mestres cearenses são uma diversão para a artesã, que quase não deixa o Sítio Alegria.
    (Diário do Nordeste de 20/03/2010)


    sexta-feira

    São José (Dia 19 de Março)

    São José
    Esposo da Virgem Maria e padrasto de Jesus. Ele figura na infância de Jesus conforme a narrativa de Mateus (1-2) e Lucas (1-2) e é descrito com um homem justo. Mateus descreve os pontos de vista de José e Lucas descreve a infância de Jesus com José.
    José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espírito". Ele tomou Maria e a levou para Belém e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando da ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
    A última menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalém. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° seculo. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa D’Ávila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da justiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
    De acordo com uma antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jesse") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios
    Outra versão da vida de São José é relatada nos "Atos de São José" que é tido por muitos como sendo apócrifa, mas estudiosos como Origens, Euzébio e São Cipriano fazem referência em suas obras. Nesses "Atos" José teria se casado jovem e só foi prometido a Maria quando já era viúvo. José teria tido, no primeiro casamento, duas filhas e quatro filhos sendo o caçula chamado Tiago, que Jesus considerava como irmão e com ele teria passado sua infância e parte de sua adolescência. E Maria achou o menor Tiago na casa de seu pai e este estava triste pela perda de sua mãe e Maria o consolou e o criou. Assim Maria é as vezes chamada de mãe de Tiago. Com o passar dos anos o velho José tinha uma idade bem avançada, mas nunca deixou de trabalhar, nunca sua vista falhou e nunca ficava sem rumo, tonto, e como um rapaz ele tinha vigor e suas pernas e braços permaneceram fortes e livres de nenhuma dor. Quando aproximou-se a sua hora um anjo do Senhor veio até ele e disse a ele que estava para morrer e ele levantou-se e foi para Jerusalém orar no santuário e disse: "O Deus autor da consolação, O Senhor da compaixão, ó Senhor de toda a raça humana, Deus de meu corpo e espírito, com súplica eu Vos reverencio e Ó Senhor e meu Deus, se agora meus dias terminam e eu preciso deixar este mundo, peço a Vós que envie o arcanjo Miguel, o príncipe dos Vosso anjos, e deixe ele ficar comigo e leve minha alma deste aflito corpo sem problemas e sem terror. E José foi enterrado pelos seus amigos e parentes sem o odor dos mortos.
    19 de março, dia de São José, o padroeiro do Ceará, portanto, é feriado no nosso estado. Muita coisa deixa de funcionar nesse dia, aliás, tudo que é órgão público, como bancos, correios, escolas e mais outras instituições respeitam a tradição e suspendem os trabalhos por este dia tão importante para o nordestino. Pois é um dia especial para o agricultor que acredita que se não chover, vai ser uma seca daquelas. Portanto, para o agricultor, se não chover nesse dia a seca já está quase configurada. Imagine só o que essa gente que vive simplesmente da agricultura enfrenta.